Sejam bem vindos ao blog da Fonoaudióloga Daniella Caropreso


Quero fazer deste espaço um lugar para trocarmos experiências, tirarmos dúvidas e fazer a comunicação chegar em locais jamais existidos.
Como fonoaudióloga esta é a minha intenção, fazer o conhecimento circular e antingir o maior número de pessoas possível.
Conto com voçês!!!

Entrem e deixem seus recados.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Teste da Orelhinha é Lei Federal

Teste da orelhinha agora é lei!


Teste da orelhinha torna-se obrigatório.

O teste da orelhinha agora é lei! O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 12.303, de 2 de agosto de 2010, que torna obrigatória a realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do dia 3 de agosto, seção 1, página 1. Segundo a lei, agora todos os hospitais e maternidades devem realizar o teste gratuitamente nas crianças nascidas em suas dependências.

A Triagem Auditiva Neonatal Universal, por meio do teste da orelhinha, é capaz de detectar deficiências auditivas desde o nascimento, possibilitando o diagnóstico e o tratamento precoces de eventuais problemas.

Como é sabido, o diagnóstico precoce é fundamental para a realização de procedimentos que irão minimizar os impactos da deficiência auditiva no desenvolvimento da criança. A conquista é um marco para a saúde auditiva brasileira.

Parabéns aos fonoaudiólogos e a todos os setores da sociedade que contribuíram para alcançarmos este resultado! A lei tramitava no Senado como Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 64/2004, de autoria do então deputado e hoje senador Inácio Arruda (PC do B/CE).

Buscando acelerar a aprovação do projeto, o CFFa. enviou ofício à ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, no dia 28 de julho deste ano, apresentando dados e motivos para subsidiar a decisão.

O ofício menciona os direitos à dignidade, ao trabalho e à saúde, garantidos pela Constituição Federal, bem como as vantagens do diagnóstico precoce, e cita que o Brasil possui quase 35 mil fonoaudiólogos, muitos deles inseridos no Sistema Único de Saúde ou em outros locais que podem oferecer esse tipo de atendimento.

O CFFa. também manteve contato com a assessoria do senador Inácio Arruda, autor do projeto, e com a presidente do Grupo de Apoio à Triagem Auditiva Neonatal Universal (Gatanu), Fga. Mônica Jubran Chapchap.

Fonte: www.fonosp.org.br
Conselho Regional de Fonoaudiologia - segunda região

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CBN em LIBRAS - Inclusão Social

Telelibras

Constantemente, a ONG Vez da Voz interage com as pessoas com deficiência visual, auditiva, física e intelectual, com o objetivo de descobrir suas reais necessidades. E foi a partir desta interação, que os membros desta ONG desenvolveram mais um projeto inclusivo: o Telelibras, o primeiro telejornal inclusivo e inédito, na Internet, que transmite informações sobre o que acontece no Brasil e no mundo e é voltado às pessoas com deficiência auditiva e aos interessados em aprender a Libras. Apresentadores e um intérprete dividem o mesmo espaço na tela do vídeo, mostrando que todos somos iguais, apesar das (nossas) diferenças.

Segundo o último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje há no Brasil mais de 5,7 milhões de pessoas com problemas relacionados à surdez – desses, 166 mil são incapazes de ouvir e desses, apenas 15% entendem o português.

Objetivos:
Promover o acesso da pessoa com deficiência auditiva às informações jornalísticas;

Construir uma mídia democrática e inclusiva, onde todos tenham direito à informação, independente das diferenças.

O direito à informação antecede a prática dos direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza, como fundamentais (fundamental), o direito à informação e à comunicação, que são essenciais para o exercício da cidadania.


Maiores informações: http://cbn.globoradio.globo.com/vezdavoz/telelibras.htm

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Idoso no trânsito

Idoso no trânsito: Qual é a hora certa de parar de dirigir?
Notícias / Clipping / Idoso no trânsito: Qual é a hora certa de parar de dirigir?

“Caso o idoso não tenha mais condições de dirigir, a família poderá ajudar nesta conscientização e explicar que aceitar a velhice não é a mesma coisa que se considerar velho”

É importante que a pessoa exercite sua autonomia e independência de forma saudável até o fim da vida e para isso é preciso ter consciência dos cuidados necessários que se deva ter com a saúde física e mental durante toda a vida, estar ciente de suas capacidades e dificuldades para dirigir, bem como das responsabilidades e comportamento seguro no trânsito.

Quando uma pessoa idosa não consegue renovar sua carteira de habilitação, deve-se levar em consideração o que fez a pessoa não conseguir renovar sua CNH, se foi por motivo de infrações cometidas, número de multas, deficiência sensorial, saúde física, problemas na prova de renovação ou problemas cognitivos.

As doenças mais comuns típicas do avanço da idade que podem causar riscos e insegurança no trânsito são as deficiências sensoriais, entre elas, a presbiacusia (perda auditiva relacionada ao processo de envelhecimento e a presbiopia - perda visual.

A deficiência auditiva pode causar riscos de acidentes, uma vez que a audição é uma função importante na direção defensiva, o motorista deve estar atento aos sons do seu próprio veículo e dos demais, sons do ambiente urbano, buzina, motocicletas, etc. para ficar atento e poder reagir em situações adversas e às ações incorretas de outras pessoas.

Dentre as habilidades primordiais na avaliação para a renovação de carteira de habilitação, além da função visual, deve-se incluir a avaliação da audição e a verificação da necessidade do uso de prótese auditiva. O mesmo ocorre com a visão, uma pessoa com a baixa acuidade visual pode oferecer riscos e perigos para ele próprio e demais pessoas. A visibilidade no trânsito é importante na identificação das placas, na orientação espacial, no cuidado com bicicletas, faixas, na definição e contraste claro-escuro, dirigir à noite, quando há neblina, referências no trajeto e coordenação visuo-espacial, principalmente nas avenidas muito movimentadas e estradas.

Medicina do trânsito

Atualmente nos cursos de medicina do trânsito que todos os médicos e psicólogos devem fazer ao se credenciarem para a realização de peritos, consta um capítulo próprio sobre idoso e outro sobre epidemiologia do acidente de tráfego, o que deve ter maior atenção com o aumento do envelhecimento populacional. A avaliação comportamental da personalidade e avaliação neuropsicológica para a identificação de déficits cognitivos em idosos, através de instrumentos específicos para o rastreamento de demência e testes de direção (em ambiente natural ou em simulação) deveriam ser inclusos, uma vez que é importante para analisar a capacitação do idoso para dirigir.

Demências e Alzheimer

Entre as doenças mais graves que representam fortemente a insegurança viária de idosos são as demências. A principal é a doença de Alzheimer que é bastante prevalente na população acima de 70 anos cujos sintomas principais são a perda de memória entre outras funções mentais, o que dificulta a pessoa de realizar de forma adaptativa algumas tarefas do dia-a-dia.

A doença de Alzheimer é uma doença neuropsiquiátrica progressiva, cuja causa ainda não é completamente conhecida. As alterações na memória, na atenção dirigida, no controle mental, desorientação temporal e espacial e dificuldades em funções executivas (planejamento de ações) são sintomas da doença que contribuem para um comportamento inseguro no trânsito, pois fazem parte do quadro da doença a diminuição no processamento das informações, no tempo de reação e na velocidade de decodificação dos estímulos.

Consequências no trânsito

Essas alterações podem dificultar a pessoa a se orientar na via, nas curvas, na ultrapassagem, estacionar, esperar o momento de atravessar o sinal, visualizar os retrovisores, sinalização, ler e entender o que uma placa significa, coordenar os movimentos e a visão, obedecer à quilometragem, tomada de decisão e utilizar os reflexos para reagir de forma rápida e adequada no trânsito (frear, acelerar, desviar). Nestes casos os riscos mais graves para o motorista idoso e que não percebe suas dificuldades devido ao processo de início de um quadro demencial é ele perder o controle do volante, sair da estrada, ficar confuso no trajeto, ziguezaguear ou trafegar na contramão.

Outro quadro que também acarreta riscos para o idoso no trânsito é a doença de Parkinson. Uma doença que causa alterações motoras e também podem surgir declínio cognitivo.

Os sintomas de demência na maioria dos casos são percebidos pelos familiares, porque o processo de declínio cognitivo é acompanhado às vezes de dificuldade em autocrítica. A pessoa demora a reconhecer seu próprio estado de saúde mental, suas dificuldades e erros cometidos ao dirigir, negando tais situações, o que é difícil para a família manejar. Muitos idosos que apresentam tais dificuldades e não a reconhecem, não querem deixar de dirigir, pois implicam na perda da autonomia, independência, liberdade e privacidade. Daí a família enfrenta um desafio em orientar e convencer o idoso que ele necessita de uma avaliação e até mesmo deixar de dirigir. Nestes casos antes de renovar a carteira de habilitação é importante que a pessoa idosa consulte um médico neurologista e a família deve explicar o que tem acontecido, a dificuldade que tem surgido, os riscos, etc.

Avaliação objetiva e subjetiva

Assim o médico juntamente com uma equipe multidisciplinar fará uma avaliação objetiva e subjetiva da cognição e fará orientações à família no que se refere à necessidade de outros exames e ou testes para a renovação da CNH e até mesmo quais procedimentos mais seguros a serem tomados. As informações fornecidas pela família têm de ser precisas e são fundamentais para a tomada de decisão sobre a capacidade do idoso de participar de forma ativa no trânsito ou não para sua melhor segurança.

Se o idoso apresenta dificuldades na visão e audição e isso esteja comprometendo a sua aptidão em dirigir, é importante que a família também adote estratégias alternativas para a segurança da pessoa idosa, como, por exemplo, não deixar que saia sozinho, dirigir durante a noite, dirigir em estradas, deixar que alguém leve ou busque-o no local e até mesmo oferecer alternativas compensatórias como utlizar outro meio de transporte, não sair sozinho, escolher o melhor horário para sair no trânsito, usar taxi, ter um motorista ou utilizar transporte público.

Aceitar a velhice não é considerar-se velho

Claro que as medidas restritivas não são bem vistas pela pessoa que terá que deixar de fazer algo que sempre fez, mas a tomada de consciência das mudanças advindas com o avançar da idade, as estratégias compensatórias - citadas logo acima - são importantes para a preservação da sua qualidade de vida, para eliminar os perigos de acidentes e maiores consequências. A família poderá ajudar nesta conscientização e explicar que aceitar a velhice não é a mesma coisa que se considerar velho.

É importante lembrar que os idosos não participam no trânsito apenas como motoristas, mas também como pedestres, ciclistas, motociclistas e passageiros. A educação no trânsito deve ser vista em todas as modalidades de deslocamentos. Os principais motivos de deslocamentos dos idosos sejam como motoristas ou usuários de transporte público são para: compras, fazer visitas, se hospedar na casa de um parente, ir ao médico, viagens de recreação, esportes e passeios.

É triste ainda constatar que faz parte da realidade de muitos idosos o desrespeito às leis, aos direitos dos idosos, o abuso e os maus tratos também no trânsito.
A educação no trânsito deve partir da iniciativa de todos os usuários e motoristas em toda a faixa etária. É de suma importância uma mudança de paradigma e de tomada de atitude por parte da sociedade para que respeite esse segmento populacional. Muitos idosos ainda sofrem com o preconceito, a imagem cultural negativa que a sociedade tem da velhice, o descaso dentro do ônibus, em metrôs, ruas e avenidas sem faixas e placas, calçadas cheias de buracos, ciclovias, vagas em estacionamentos reservados aos idosos, mas que não são respeitados, etc.

Despreparo

Infelizmente nossa sociedade ainda é despreparada para respeitar a diversidade, a individualidade, as características e necessidades da pessoa idosa, para ver o envelhecimento numa perspectiva de desenvolvimento, que o envelhecimento faz parte de toda uma vida e que todos iremos envelhecer.

São numerosos os obstáculos que a pessoa idosa enfrenta para viver e transitar nas cidades brasileiras e estão sujeitas a acidentes de trânsito. Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (2000) sobre a mortalidade por causas externas em idosos no Brasil, nas capitais de regiões metropolitanas, 29,6% das ocorrências são em acidentes de trânsito/transportes e 16,6% das ocorrências são de quedas em calçadas e travessias de ruas e vias. O erro humano é a causa mais frequente de acidentes de tráfego.

Torna-se necessário a implantação da acessibilidade para os idosos no trânsito preparando as cidades para o perfil da população que envelhece. Em todo o mundo, o contingente de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos tem crescido rapidamente e estima-se que esse cenário irá aumentar.

Os cursos para renovação de CNH têm o papel educativo com relação ao esclarecimento e formato da prova, a preocupação com o uso efetivo da tecnologia para a realização da prova eletrônica. É evidente que a novidade de uma tarefa, equipamento e grau de dificuldade influencia no desempenho de pessoas idosas. E a dificuldade de aprendizagem gera insegurança. A alternativa seria oferecer possibilidade de escolha de formato de prova. Falta também uma política pública que possa esclarecer e motivar os idosos a se incluírem no mundo digitalizado. A tendência contemporânea é rever os estereótipos associados ao envelhecimento.

A alternativa em caso da não-renovação da CNH por deficiência física ou sensorial, ou até mesmo por um impedimento mais grave é a escolha por outro meio de transporte ou o auxílio de familiares para o transporte. Às vezes a proibição pode significar benefícios na medida que está impedindo um acidente, para a preservação da sua vida e manutenção de seu papel social.

Por fim, o comportamento seguro no trânsito em qualquer fase da vida é seguir as normas, leis de trânsito, respeitar os demais e dirigir com cuidado e responsabilidade. Providenciar os cuidados com a saúde física e os cuidados mecânicos do veículo. Além disso, existem estratégias que podem ser usadas nos casos de viagens, planejando o trajeto, saber qual é o melhor caminho, utilizar mapas, saber onde fazer a parada, pois é aconselhável que pessoas idosas interrompam a viagem a cada 150 km, saber a quilometragem do trajeto, verificar combustível, dormir bem antes de viajar, quais as situações de trânsito que podem esperar, saber as melhores horas para fazer tal trajeto.

Cada um pode utilizar estratégias que facilitem sua mobilidade no trânsito. Ter paciência e dirigir com atenção é fundamental, deixar passar as pessoas que parecem estar mais apressadas, dar preferência para o pedestre que já entrou na pista, manter-se na velocidade permitida, manter a boa visibilidade no trânsito. Muitas das estratégias que podem ser tomadas são baseadas na experiência prática de muitos anos. As campanhas educativas também podem ajudar com informações, esclarecimento, conscientização e mudanças de atitudes no trânsito e orientação a trabalhadores de empresas de transportes públicos para que respeite os direitos dos usuários idosos e dê a atenção devida que eles precisam.


Matéria Retirada na íntegra do site: www.fonoaudiologia.org.br

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sinais e Sintomas da Desordem do Processamento Auditivo

SINAIS E SINTOMAS DA DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO

Giselle Kubrusly Sypczuk
Fonoaudióloga
RESUMO

Existem indivíduos que possuem a queixa de não ouvir bem mas possuindo a audição normal. Isto pode ocorrer devido a dificuldades no processamento auditivo da informação , Há muitos sinais e sintomas da Desordem do Processamento Auditivo que muitas vezes se assemelham a outras desordens. O objetivo desse artigo é elucidar basicamente as questões que concernem à área.

Palavras-chave: processamento auditivo, habilidades auditivas, problemas de aprendizagem.

A AUDIÇÃO

A audição é um dos cinco sentidos humanos. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância A habilidade de ouvir possui dois sistemas, o periférico e o central.
Na avaliação da audição vários testes podem fazer parte do protocolo audiológico, dentre eles estão:

■Audiometria: Exame que mede o nível de audição por intensidade e freqüência, ou seja, é o teste que quantifica a audição do indivíduo, podendo ou não acusar a presença de perda auditiva em diferentes graus e tipos.
■Imitânciometria: É o exame que verifica as condições da orelha média, (sistema tímpano-ossicular), e da via do reflexo do estapédico.
■Emissões Otoacústicas: Avalia a resposta das células ciliadas externas localizadas na cóclea. São sons de baixíssima intensidade que resultam do mecanismo ativo de recepção do som pela cóclea no qual as células ciliadas externas desempenham o papel principal.
■Potenciais Auditivos Evocados: São potenciais elétricos que surgem através de um estímulo acústico (geralmente click fornecido através de fones) e que refletem a atividade do sistema auditivo. Estes potencias podem ser de curta, média ou longa latência dependendo do tempo que a onda leva para ser captada. Quanto mais distante o sítio gerador, maior é o tempo de latência da onda que representa o potencial. Os mais utilizados são o de curta latência (Bera ou Paete) e de longa latência (P300).
■Avaliação do Processamento auditivo: Permite verificar o desempenho das habilidades auditivas através de avaliação comportamental.
CONHECENDO O PROCESSAMENTO AUDITIVO

Definição
Segundo o relatório técnico da ASHA 2005, processamento auditivo (PA) refere-se à eficiência e eficácia que o sistema auditivo nervoso central utiliza a informação auditiva, inclui os mecanismos auditivos que seguem as seguintes habilidades:

■localização e lateralizacão;
■discriminação auditiva;
■reconhecimento do padrão auditivo;
■aspectos temporais da audição, incluindo:
■integração temporal
■discriminação temporal (intervalo de detecção temporal)
■ordenação temporal
■marcaramento temporal
■performance auditiva com sinais competitivos (incluindo a escuta dicótica);
■performance auditiva com sinais acústicos degradados.
Pode-se dizer que processamento auditivo é “aquilo que fazemos com o que ouvimos”.
Os processos neurocognitivos estão envolvidos. A memória, atenção e linguagem são integrantes no processo de análise na entrada da informação pelo canal auditivo.
A dificuldade em um ou mais níveis das habilidades auditivas é possível de ser classificada como uma dificuldade ou desordem do processamento auditivo (DPA)
A DPA pode estar ligada ou associada com as dificuldades em linguagem, aprendizado, e funções de comunicação, embora a DPA possa coexistir com outras desordens (por exemplo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade [TDAH] e dificuldades de leitura), mas não pode ser colocada como o fator resultante destas.
As causas que levam a uma DPA podem ser variadas, não podendo ser especificadas, (na maioria), podem compreender desde ordem genética até de desenvolvimento, dentre outras possíveis.

Alguns sinais e os sintomas

Os sintomas de DPA podem variar e ter diferentes formas de manifestação. Confira se você ou alguém que conheça apresenta alguns desses Sinais e Sintomas:

■Parece não ouvir bem?
■É muito distraída ou desatenta?
■Demora em escutar e/ ou entender quando chamada sua atenção?
■Fala muito “Hã?”, “O que?”, ou “Não entendi!”?
■Possui dificuldade para lembrar o que foi dito ou parece ter problemas de memória?
■Tem fala diferente de outras crianças da mesma idade?
■Tem dificuldades para ler ou escrever ou outras dificuldades escolares?
■Tem dificuldade para entender o que está sendo falado quando em ambientes ruidosos ou em grupos?
■Não consegue acompanhar uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo?
■Há cansaço ou atenção curta para sons em geral?
■Deixa o volume da televisão muito alto?
■Apresenta dificuldade de localizar o som?
■Apresenta dificuldades em seguir orientações?
■Tem dificuldade em contar um fato ou história?
■Tem dificuldades para transmitir um recado?
■Possui dificuldade em seguir uma seqüência de tarefas que lhe foi falada?
■Tem dificuldades em entender piadas ou duplo sentido?
■Os problemas de matemática são difíceis de interpretar?
■A informação abstrata é difícil de compreender?
Estes, assim como outros comportamentos, podem ser sinais de uma dificuldade no processamento auditivo da informação. Cabe retomar que muitos dos comportamentos notados acima podem também aparecer em outras condições tais como dificuldades de aprendizagem, Transtorno do déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH), níveis de depressão, dentre outros.

O diagnóstico e avaliação

Através de uma equipe multidisciplinar o indivíduo será avaliado e conduzido a um diagnóstico e /ou a uma conduta médica e planejamento terapêutico.
A abordagem da multidisciplinar permite coletar informações no nível educacional, social, de fala/ linguagem, cognitivo e fisiológico.
Essa equipe é composta, em geral, por neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, audiologistas, fonoterapeutas, psicólogos, pedagogos e profissionais da educação.
A avaliação específica do processamento auditivo é realizada por um fonoaudiólogo da área audiológica.
A testagem é realizada em cabine acústica, onde o indivíduo é colocado com fones auriculares através dos quais são aplicados testes gravados em CD e padronizados por faixa etária.
Para realização da avaliação do PA é necessário apresentar a audiometria realizada no mínimo em um prazo igual ou inferior a três meses, a criança apresentar idade mínima de 06 anos, nível de linguagem expressivo e receptivo, atenção e cognição suficientes para que possa compreender as tarefas, não apresentar perda auditiva assimétrica, a média tonal ser até 40dBNA, índice padrão de reconhecimento de fala de no mínimo 70% e índice entre as orelhas não ultrapassar 20%.
Na avaliação são realizados testes de escuta diótica onde estímulos iguais são apresentados simultaneamente para ambas as orelhas, de escuta monótica onde estímulos diferentes são apresentados simultaneamente na mesma orelha, ipsilateralmente; e escuta dicótica onde estímulos diferentes são apresentados simultaneamente para ambas as orelhas.
Entre os testes realizados estão:

■Localização Sonora; Teste que permite verificar a localização (percepção da origem da fonte sonora) em cinco direções (direita, esquerda, atrás, acima e à frente).
■Fala Filtrada: Este teste permite verificar a habilidade de fechamento auditivo (percepção da mensagem quando parte dela é omitida)
■PSI em português: Os estímulos verbais utilizados na aplicação do PSI são 10 frases ou palavras que devem ser identificadas através da indicação das figuras que representam à situação da sentença ou palavra. A mensagem competitiva é uma história infantil ou ruído white noise.
■SSI: Este teste é realizado com leitura e identificação não verbal da frase. Permite verificar a habilidade de fechamento auditivo e figura fundo associado à identificação visual. São testadas duas condições MCI (duas estimulações distintas na mesma orelha) e MCC (duas estimulações distintas uma em cada orelha)
■PPS E DPS: Estes testes permitem verificar as habilidades de resolução temporal, para identificação de freqüência e duração sonora. São testadas duas condições a de imitação (hemisfério direito) e nomeação (hemisfério esquerdo).
■Dicótico de dígitos e SSW: Estes testes permitem investigação da condição dicótica da informação. Habilidade de figura-fundo (identificação de um som na coexistência de outro, competitivo), Memória seqüencial (habilidade em estocar e recuperar estímulos na ordem em que foram apresentados). São constituídos por pares de dígitos e palavras, sendo que estes representam dissílabos na língua portuguesa. Avaliam a habilidade para agrupar componentes do sinal acústico em figura-fundo e identificá-los, e a comunicação inter-hemisférica no corpo caloso.
O RESULTADO

Após a testagem é emitido um relatório que constam os resultados obtidos; as habilidades preservadas e as com desempenho abaixo do esperado para idade, o impacto efetivo das mesmas na vida do indivíduo nos níveis social, acadêmico e familiar, possível local da disfunção no sistema nervoso auditivo central, o direcionamento da reabilitação (no caso de indicação terapêutica) sugerindo um programa e as orientações pertinentes ao caso.

O processo de avaliação e de reabilitação deve envolver a equipe multidisciplinar na visão de que esse sujeito possui suas necessidades, possibilidades e sucessos.

CONCLUSÃO

A área de processamento auditivo é alvo de muitas pesquisas, debates e o interesse na mesma aumentou consideravelmente nos últimos anos. A bateria de avaliação deve no mínimo envolver todas as habilidades e considerações multidisciplinares. Para tal exige consenso entre as áreas buscando minimizar o impacto das dificuldades processuais e maximizar o desempenho das habilidades presentes.

Retirado do Site: www.neuropediatria.org.br

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desabafo de uma Mãe!!!

Por quê? Pergunta que não quer calar. Por que comigo? Porque tem que ser assim? Meu Deus quantas vezes perguntei. Sem respostas, ás vezes me revoltava, mas com o tempo percebi que não cabe a mim saber tudo. Com o tempo também aprendi a conviver com o que para mim era feio e imperfeito. Palavras rejeitadas pela maioria da sociedade, feio, imperfeito, limitado, doente, incurável! Quantas vezes chorei por ver que essas palavras estavam de fato presentes em minha vida, que fazia parte da minha realidade, da nova vida em que estava vivendo, uma vida que não queria para mim e nem pra outra pessoa. Engraçado...Hoje me sinto familiarizada com todas essas palavras. Reconheço, assumo, elas fazem parte de mim! Meu filho não anda, não senta, sofre pela sua saúde, fica doente constantemente. E eu o amo tanto... Ele é perfeito!!! É algo que agradeço a Deus por ter. Que bom ser mãe dele! Dizem que o que é difícil é melhor e é verdade. A dificuldade em se criar um filho nessas condições numa sociedade onde as pessoas sequer sabem o valor da vida é muito grande, mas é tão compensador. Primeiro eu conheci uma criança, depois eu conheci um Deus. Depois eu vi que essa criança era a semelhança desse Deus. Como? Basta saber enxergar. Nunca ninguém havia me mostrado o amor de verdade. Mas conheci através do meu filho. Quando pensei que Deus tinha me abandonado eu tive a certeza que Ele me ama, que está ao meu lado, haja o que houver. E tudo que acontece na minha vida sei que é para o meu próprio bem. Temos medo da dor, temos medo da morte, mas não devemos, afinal, cremos em um Deus que sofreu na cruz e venceu a morte. Então o que temer! Creia somente!!! Mãe do paciente João Pedro Paes, portador de Paralisia Cerebral Severa Hoje está com 6 anos e realiza seu tratamento na Clínica de Habilitação Morumbi.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Síndrome de Moebius

O QUE É SÍNDROME DE MOEBIUS?

Síndrome de Moebius - referência ao neurologista austríaco Paul Julius Moebius (1853-1907), que a descobriu - é uma anomalia congênita caracterizada pela falta de expressão facial.

Dois nervos cranianos importantes, o sexto e o sétimo, não se desenvolvem totalmente, causando paralisia facial e do músculo que controla os olhos.
Movimentos da face - piscar os olhos,movimentar os olhos lateralmente e as expressões faciais - são controladas por esses nervos.

Portadores da Síndrome de Moebius não conseguem sorrir ou franzir a testa, por exemplo, e muitas vezes não podem piscar ou movimentar os olhos de um lado para outro.
Possuem, ainda, a boca semi-aberta e muitos não conseguem fechar os olhos para dormir.

Adicionalmente podem haver deformidades na língua e mandíbula (o que obriga os portadores a se alimentar por meio de sondas), e até de alguns membros, incluindo pés e braços, ausência de dedos ou dedos unidos. Muitas crianças podem apresentar ausência de músculos peitorais ou flacidez dos músculos do pescoço e da parte superior do corpo.

Causas

Não há ainda uma explicação científica para a ocorrência da síndrome, que pode estar associada a diferentes fatores. Nascem crianças com Moebius em gestações normais. Estudos médicos, porém, demonstraram o crescimento da incidência de Síndrome de Moebius em mães que tomaram o medicamento Citotek durante a gravidez.

Tratamentos


O tratamento inclui cirurgias corretivas (ortopedia e estrabismo), fisioterapia, fonoterapia,terapia ocupacional e, principalmente, muita dedicação e estímulo por parte de terapeutas e familiares.

Como em outras síndromes, um dos aspectos mais frustrantes de quem está envolvido com Moebius é a falta de conhecimento do problema por parte de profissionais da área médica.
Por causa disso, muitas crianças são diagnosticadas corretamente apenas meses e
muitas vezes anos depois do nascimento.

As alterações de expressão podem muitas vezes ser confundidas com outras síndromes e, no caso de haver um engano no diagnóstico, esses pacientes passam por tratamentos incorretos e, além de não conseguirem se desenvolver adequadamente, podem sofrer problemas psicológicos.

Lembre-se: o diagnóstico e o tratamento precoces
são vitais para pacientes com Moebius.

Mais informações

Outras informações sobre a Síndrome de Moebius e tratamentos você encontra nos links abaixo:

www.sindromedemoebius.hpg.ig.com.br

www.grupos.com.br/grupos/bodybrushing

www.bodybrushing.com

www.ciaccess.com/moebius (site da Moebius Syndrome Foundation - EUA)

www.hitnet.com.br/moebius (site da Associação Moebius do Brasil - AMOB)

Texto retirado na íntegra do site http://sindromedemoebius.vilabol.uol.com.br/

Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRAS

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua, como o Francês, Inglês etc.

Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais.


Informações Técnicas

1 LIBRAS
A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa.
As Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional.
Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

2 Sinais
Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros que formarão os sinais:

2.1 Configuração das mãos: São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou esquerda para os canhotos), ou pelas duas mãos.
Os sinais DESCULPAR, EVITAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma configuração de mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um ponto diferente no corpo.

2.2 Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.

2.3 Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR e EM-PÉ não têm movimento; já os sinais EVITAR e TRABALHAR possuem movimento.

2.4 Expressão facial e/ou corporal: As expressões faciais / corporais são de fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é feita pela expressão facial.

2.5 Orientação/Direção: Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima. Assim, os verbos IR e VIR se opõem em relação à direcionalidade.

3 Convenções da LIBRAS

3.1 A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão representados na Língua Portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA, INSTRUTOR.

3.2 A datilologia (alfabeto manual): usada para expressar nomes de pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinal, estará representada pelas palavras separadas por hífen. Ex.: M-A-R-I-A, H-I-P-Ó-T-E-S-E.

3.3 Os verbos: serão apresentados no infinitivo. Todas as concordâncias e conjugações são feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO.

3.4 As frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português. Ex.: VOCÊ GOSTAR CURSO? (Você gosta do curso?)

3.5 Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de apontação. Apontar em LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente aceito.


Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais de forma solta, é necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.

Leitura Recomendada:
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS
Gladis Perlin e Karin Strobel
Universidade Federal de Santa Catarina
Programas de Licenciatura e Bacharelado LIBRAS

Fonte: www.libras.org.br

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Comunicação Alternativa

Comunicação alternativa – uma necessidade de
educação para todos


Miryam Pelosi
Terapeuta Ocupacional
Mestre em Educação – UERJ
miryam.pelosi@globo.com

Conversando com os professores sobre a comunicação alternativa


O que é comunicação alternativa?

Muitas crianças apresentam dificuldades para falar ou escrever. Crianças com paralisia cerebral, deficiência mental, deficiência auditiva, crianças autistas ou com deficiências múltiplas vão precisar de uma outra forma de comunicação para que possam mostrar ao professor que conseguiram aprender, falar sobre suas dúvidas, desejos, sentimentos e brincadeiras com os amigos. Essa outra maneira de comunicação se chama comunicação alternativa.

O que fazer quando um aluno não é capaz de falar?
As crianças podem se comunicar de várias maneiras:
olhando;
apontando;
fazendo gestos;
emitindo sons;
respondendo afirmativamente ou negativamente as perguntas.

Precisamos descobrir junto com a criança qual a maneira mais fácil para ela.

Ex: O que você gostaria de fazer agora?

A criança pode responder apontando uma prancha de comunicação que deverá ser preparada especialmente para ela e que traga vocabulário do cotidiano da sala de aula.
Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


A criança pode responder olhando para a resposta e as alternativas de atividades poderão ser apresentadas em cartões com símbolos, objetos ou figuras.



A criança pode responder sinalizando com a cabeça o “sim” e o “não” ou fazendo um som como resposta afirmativa, enquanto você ou um colega passa o dedo sobre os símbolos da prancha de comunicação.

Sinalizando com a cabeça o “sim” e o “não”


Fazendo um som para o “sim” ou para o “não”


A criança pode responder quando perguntada oralmente sinalizando o “sim” e o “não” da forma que ela já sabe fazer.


Ex: Vou falar para você três coisas que você pode escolher: a primeira é desenhar, a segunda é pintar e a terceira é ler. Agora vou perguntar: Você quer desenhar? Aguardar a resposta. Você quer pintar? Aguardar a resposta. Você quer ler? Aguardar a resposta.
Aonde colocar as pranchas?

As pranchas podem estar na mesa da criança, na porta dos armários de tinta ou brinquedos ou na porta de saída da sala de aula.

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


Ex: Qual material você quer usar para fazer o seu trabalho?
Dica: Essa prancha pode estar colada na porta do armário de tintas.

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson





Ex: Aonde você quer ir agora?
Dica: Essa prancha pode estar colada na porta de saída da sala de aula

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


O que fazer quando um aluno não é capaz de escrever?


Muitas crianças não conseguem escrever, mas são capazes de se alfabetizar e terminar a Universidade. Essas crianças precisam dos recursos da comunicação alternativa escrita.

Os recursos são:
letras emborrachadas;
letras em papel para serem coladas no livro ou caderno;
prancha de letras;


Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson

atividades de múltipla escolha;


Este computador poderá estar adaptado com teclado e mouse especiais ou programas que atendam as necessidades individuais do aluno.


Dicas:
Crianças com dificuldades motoras podem necessitar de outros recursos e o terapeuta ocupacional é o profissional que pode ajudá-lo a encontrar alternativas para a escrita.

Consulte o livro Guia dos Símbolos de Comunicação Pictórica da Roxana Mayer Johnson editado pela Clik Tecnologia Assistiva para esclarecer dúvidas sobre a construção de pranchas e utilização dos recursos de comunicação alternativa.



Como adaptar o material escolar?


A modificação das estratégias de resposta garante a possibilidade da criança com necessidades educacionais especiais realizar a mesma atividade da turma.


Exemplos de atividades de matemática


Uso de material concreto para as atividades de matemática;
Registro dos cálculos através de símbolos;
Atividades de múltipla escolha.


A atividade deve conter poucas informações na folha;
Letras e números na fonte ARIAL BLACK tamanho 28 ou maior e quando o trabalho for escrito a mão utilizar pilot grosso na cor preta;
Utilizar espaçamento de 1,5 centímetros;
Letras maiúsculas para a construção das atividades.


Utilizar colagem para as atividades de representação gráfica quando a criança apresentar dificuldade motora;



Atividade de escrita manuscrita Atividade adaptada com letras coladas





Conheça os sites relacionados com a comunicação alternativa:

www.clik.com.br
www.cedionline.com.br
www.comunicacaoalternativa.com.br


Conheça os livros sobre Comunicação Alternativa em português:

Comunicação Alternativa - favorecendo o desenvolvimento da comunicação em crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (2003)
Leila Nunes (Org) – 1a edição
Rio de Janeiro: Editora Dunya

Guia dos Símbolos de Comunicação Pictórica – The Picture Communication Symbols Guide (PCS) (1998)
R.M. Johnson
Porto Alegre: Clik – Recursos Tecnológicos para Educação, Comunicação e Facilitação
www.clik.com.br

Sistemas de Sinais e Ajudas Técnicas para Comunicação Alternativa Escrita (2003)
Carme Basil Almirrall
Emili Soro-Camats
Carme Rosll Bulto
Livraria Editora Santos

Introdução a Comunicação Aumentativa e Alternativa (2000)
Stephen von Tetzchner
Harald Martinser
10 – Coleção Educação Especial
Porto Editora
e-mail:pe@portoeditora.pt

A comunicação alternativa e ampliada nas escolas do Rio de Janeiro: formação de professores e caracterização dos alunos com necessidades educacionais especiais.(2000).
Miryam Bonadiu Pelosi
Rio de Janeiro: Tese de Mestrado em Educação defendida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mucopolissacaridose


Resumo sobre Mucopolissacaridose

Escrito por Renata Pinheiro



O que é mucopolissacaridose?
Mucopolissacaridose (MPS) é uma doença metabólica hereditária. Isso significa que a pessoa nasce com falta ou diminuição de algumas substâncias encontradas no organismo, as enzimas que digerem os glicosaminoglicanos (GAG).

Quais os tipos de mucopolissacaridose?MPS I: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele e Schele
MPS II: Síndrome de Hurler
MPS III: Síndrome de Sanfilippo
MPS IV: Síndrome de Mórquio
MPS VI: Síndrome de Maroteux-Lamy
MPS VII: Síndrome de Sly


Quais os sintomas da mucopolissacaridose?
Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente, com o tipo de mucopolissacaridose e com a gravidade da doença de cada paciente.

Alguns dos sintomas são:
Macrocefalia (crânio maior que o normal)
Hidrocefalia
Deficiência mental
Alterações da face
Aumento do tamanho da língua (macroglossia)
Dificuldade visual
Dificuldade auditiva
Má-formação dos dentes
Infecções de ouvido
Rinite crônica
Atraso no crescimento (baixa estatura e baixo peso)
Rigidez das articulações
Deformidades ósseas
Excesso de pêlos
Compressão da medula espinhal
Apnéia do sono
Infecções respiratórias
Insuficiência de válvulas cardíacas
Hérnia inguinal ou umbilical
Aumento do fígado ou do baço
Síndrome do túnel do carpo
Prisão de ventre
Diarréia


Como diagnosticar mucopolissacaridose?
O diagnóstico da mucopolissacaridose é feito, normalmente, por um geneticista, após o encaminhamento por outro médico. Para confirmar a mucopolissacaridose, é realizado um exame de sangue para identificar a falta ou diminuição das enzimas.

Qual o tratamento para mucopolissacaridose?
O tratamento da mucopolissacaridose envolve uma equipe com diversos profissionais, de acordo com os sintomas que podem ser apresentados. Entre eles estão: médicos geneticista, pediatra, pneumologista, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista e neurologista, fisioterapeuta, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo. Para um melhor tratamento, o ideal é procurar centros de atendimento a doenças genéticas.


Foto de portador de MPS (Dudu, filho de Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose)


Texto retirado na íntegra do site www.apmps.org.br