Sejam bem vindos ao blog da Fonoaudióloga Daniella Caropreso


Quero fazer deste espaço um lugar para trocarmos experiências, tirarmos dúvidas e fazer a comunicação chegar em locais jamais existidos.
Como fonoaudióloga esta é a minha intenção, fazer o conhecimento circular e antingir o maior número de pessoas possível.
Conto com voçês!!!

Entrem e deixem seus recados.



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Comunicação Alternativa

Comunicação alternativa – uma necessidade de
educação para todos


Miryam Pelosi
Terapeuta Ocupacional
Mestre em Educação – UERJ
miryam.pelosi@globo.com

Conversando com os professores sobre a comunicação alternativa


O que é comunicação alternativa?

Muitas crianças apresentam dificuldades para falar ou escrever. Crianças com paralisia cerebral, deficiência mental, deficiência auditiva, crianças autistas ou com deficiências múltiplas vão precisar de uma outra forma de comunicação para que possam mostrar ao professor que conseguiram aprender, falar sobre suas dúvidas, desejos, sentimentos e brincadeiras com os amigos. Essa outra maneira de comunicação se chama comunicação alternativa.

O que fazer quando um aluno não é capaz de falar?
As crianças podem se comunicar de várias maneiras:
olhando;
apontando;
fazendo gestos;
emitindo sons;
respondendo afirmativamente ou negativamente as perguntas.

Precisamos descobrir junto com a criança qual a maneira mais fácil para ela.

Ex: O que você gostaria de fazer agora?

A criança pode responder apontando uma prancha de comunicação que deverá ser preparada especialmente para ela e que traga vocabulário do cotidiano da sala de aula.
Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


A criança pode responder olhando para a resposta e as alternativas de atividades poderão ser apresentadas em cartões com símbolos, objetos ou figuras.



A criança pode responder sinalizando com a cabeça o “sim” e o “não” ou fazendo um som como resposta afirmativa, enquanto você ou um colega passa o dedo sobre os símbolos da prancha de comunicação.

Sinalizando com a cabeça o “sim” e o “não”


Fazendo um som para o “sim” ou para o “não”


A criança pode responder quando perguntada oralmente sinalizando o “sim” e o “não” da forma que ela já sabe fazer.


Ex: Vou falar para você três coisas que você pode escolher: a primeira é desenhar, a segunda é pintar e a terceira é ler. Agora vou perguntar: Você quer desenhar? Aguardar a resposta. Você quer pintar? Aguardar a resposta. Você quer ler? Aguardar a resposta.
Aonde colocar as pranchas?

As pranchas podem estar na mesa da criança, na porta dos armários de tinta ou brinquedos ou na porta de saída da sala de aula.

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


Ex: Qual material você quer usar para fazer o seu trabalho?
Dica: Essa prancha pode estar colada na porta do armário de tintas.

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson





Ex: Aonde você quer ir agora?
Dica: Essa prancha pode estar colada na porta de saída da sala de aula

Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson


O que fazer quando um aluno não é capaz de escrever?


Muitas crianças não conseguem escrever, mas são capazes de se alfabetizar e terminar a Universidade. Essas crianças precisam dos recursos da comunicação alternativa escrita.

Os recursos são:
letras emborrachadas;
letras em papel para serem coladas no livro ou caderno;
prancha de letras;


Prancha construído com os símbolos PCS (Picture Symbols Communication) – Mayer Jonhson

atividades de múltipla escolha;


Este computador poderá estar adaptado com teclado e mouse especiais ou programas que atendam as necessidades individuais do aluno.


Dicas:
Crianças com dificuldades motoras podem necessitar de outros recursos e o terapeuta ocupacional é o profissional que pode ajudá-lo a encontrar alternativas para a escrita.

Consulte o livro Guia dos Símbolos de Comunicação Pictórica da Roxana Mayer Johnson editado pela Clik Tecnologia Assistiva para esclarecer dúvidas sobre a construção de pranchas e utilização dos recursos de comunicação alternativa.



Como adaptar o material escolar?


A modificação das estratégias de resposta garante a possibilidade da criança com necessidades educacionais especiais realizar a mesma atividade da turma.


Exemplos de atividades de matemática


Uso de material concreto para as atividades de matemática;
Registro dos cálculos através de símbolos;
Atividades de múltipla escolha.


A atividade deve conter poucas informações na folha;
Letras e números na fonte ARIAL BLACK tamanho 28 ou maior e quando o trabalho for escrito a mão utilizar pilot grosso na cor preta;
Utilizar espaçamento de 1,5 centímetros;
Letras maiúsculas para a construção das atividades.


Utilizar colagem para as atividades de representação gráfica quando a criança apresentar dificuldade motora;



Atividade de escrita manuscrita Atividade adaptada com letras coladas





Conheça os sites relacionados com a comunicação alternativa:

www.clik.com.br
www.cedionline.com.br
www.comunicacaoalternativa.com.br


Conheça os livros sobre Comunicação Alternativa em português:

Comunicação Alternativa - favorecendo o desenvolvimento da comunicação em crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (2003)
Leila Nunes (Org) – 1a edição
Rio de Janeiro: Editora Dunya

Guia dos Símbolos de Comunicação Pictórica – The Picture Communication Symbols Guide (PCS) (1998)
R.M. Johnson
Porto Alegre: Clik – Recursos Tecnológicos para Educação, Comunicação e Facilitação
www.clik.com.br

Sistemas de Sinais e Ajudas Técnicas para Comunicação Alternativa Escrita (2003)
Carme Basil Almirrall
Emili Soro-Camats
Carme Rosll Bulto
Livraria Editora Santos

Introdução a Comunicação Aumentativa e Alternativa (2000)
Stephen von Tetzchner
Harald Martinser
10 – Coleção Educação Especial
Porto Editora
e-mail:pe@portoeditora.pt

A comunicação alternativa e ampliada nas escolas do Rio de Janeiro: formação de professores e caracterização dos alunos com necessidades educacionais especiais.(2000).
Miryam Bonadiu Pelosi
Rio de Janeiro: Tese de Mestrado em Educação defendida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mucopolissacaridose


Resumo sobre Mucopolissacaridose

Escrito por Renata Pinheiro



O que é mucopolissacaridose?
Mucopolissacaridose (MPS) é uma doença metabólica hereditária. Isso significa que a pessoa nasce com falta ou diminuição de algumas substâncias encontradas no organismo, as enzimas que digerem os glicosaminoglicanos (GAG).

Quais os tipos de mucopolissacaridose?MPS I: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele e Schele
MPS II: Síndrome de Hurler
MPS III: Síndrome de Sanfilippo
MPS IV: Síndrome de Mórquio
MPS VI: Síndrome de Maroteux-Lamy
MPS VII: Síndrome de Sly


Quais os sintomas da mucopolissacaridose?
Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente, com o tipo de mucopolissacaridose e com a gravidade da doença de cada paciente.

Alguns dos sintomas são:
Macrocefalia (crânio maior que o normal)
Hidrocefalia
Deficiência mental
Alterações da face
Aumento do tamanho da língua (macroglossia)
Dificuldade visual
Dificuldade auditiva
Má-formação dos dentes
Infecções de ouvido
Rinite crônica
Atraso no crescimento (baixa estatura e baixo peso)
Rigidez das articulações
Deformidades ósseas
Excesso de pêlos
Compressão da medula espinhal
Apnéia do sono
Infecções respiratórias
Insuficiência de válvulas cardíacas
Hérnia inguinal ou umbilical
Aumento do fígado ou do baço
Síndrome do túnel do carpo
Prisão de ventre
Diarréia


Como diagnosticar mucopolissacaridose?
O diagnóstico da mucopolissacaridose é feito, normalmente, por um geneticista, após o encaminhamento por outro médico. Para confirmar a mucopolissacaridose, é realizado um exame de sangue para identificar a falta ou diminuição das enzimas.

Qual o tratamento para mucopolissacaridose?
O tratamento da mucopolissacaridose envolve uma equipe com diversos profissionais, de acordo com os sintomas que podem ser apresentados. Entre eles estão: médicos geneticista, pediatra, pneumologista, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista e neurologista, fisioterapeuta, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo. Para um melhor tratamento, o ideal é procurar centros de atendimento a doenças genéticas.


Foto de portador de MPS (Dudu, filho de Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose)


Texto retirado na íntegra do site www.apmps.org.br