Sejam bem vindos ao blog da Fonoaudióloga Daniella Caropreso
Quero fazer deste espaço um lugar para trocarmos experiências, tirarmos dúvidas e fazer a comunicação chegar em locais jamais existidos.
Como fonoaudióloga esta é a minha intenção, fazer o conhecimento circular e antingir o maior número de pessoas possível.
Conto com voçês!!!
Entrem e deixem seus recados.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Gagueira e Ansiedade
Uma pesquisa da Universidade de Canterbury, Nova Zelândia, está desafiando a antiga noção de que a gagueira em crianças estaria ligada à ansiedade.
Bianca Phaal (foto à direita), mestranda do Departamento de Distúrbios da Comunicação da Universidade, acabou de concluir um estudo que investigou os níveis de ansiedade em um grupo de crianças de 3 e 4 anos de idade que estavam na fase inicial de manifestação do distúrbio, comparando-as com um grupo controle formado por crianças sem gagueira.
Ela examinou o nível de ansiedade das crianças por meio da coleta de amostras de saliva de cada uma delas para a medição da concentração de uma substância chamada cortisol. O cortisol, também conhecido como hormônio do estresse, é uma substância liberada durante períodos de ansiedade elevada. Ele pode ser medido na saliva embebida em um fio dental adsorvente. Bianca também conduziu testes para medir o grau de temor das crianças diante de situações de comunicação e levantou dados com os pais, pedindo a eles para classificar os níveis de ansiedade de sua criança em diferentes situações.
Trabalhando em conjunto com o bioquímico Dr. John Lewis, Bianca não encontrou qualquer indício de níveis mais altos de ansiedade em crianças que gaguejam quando comparadas a crianças de fala normal.
"Não houve qualquer diferença significativa entre as crianças que gaguejam e aquelas que não gaguejam, seja quanto aos níveis de ansiedade, seja quanto ao grau de temor da criança diante de situações de comunicação, nem houve também qualquer relação entre a severidade da gagueira e a ansiedade", disse Bianca.
"Os resultados deste estudo sugerem que a ansiedade generalizada e o temor diante de situações de comunicação não estão associados com a gagueira infantil; portanto, é improvável que a ansiedade seja uma causa fundamental da gagueira", afirmou Bianca.
"Contudo, caso a gagueira infantil persista, as experiências negativas em situações de fala podem levar ao desenvolvimento do temor em se comunicar e, talvez, ansiedade generalizada. Desse modo, a intervenção precoce na gagueira pode ser crucial para prevenir este desenvolvimento".
O professor Mike Robb, do Departamento de Distúrbios da Comunicação, disse que a descoberta feita pelo estudo foi importante para ajudar a entender melhor esta condição que afeta cerca de 1% da população da Nova Zelândia e de todo o mundo.
"Há um longo histórico de pesquisas sobre gagueira e sua relação com a ansiedade, com alguns teóricos acreditando que a ansiedade seja a ‘causa’ da gagueira e outros defendendo que a ansiedade é um mero ‘resultado’ da gagueira. Em todos os casos, as pessoas acreditam que a ansiedade é um aspecto central na gagueira", comentou Prof. Robb.
"Neste caso, aceitar a invalidação de uma das hipóteses tem importantes implicações clínicas e teóricas relacionadas à etiologia da gagueira. Até onde sei, este estudo é o primeiro de seu gênero a examinar quantitativamente o papel da ansiedade em crianças que estão na fase de desenvolvimento deste importante distúrbio de comunicação".
"Bianca também demonstrou com seu estudo como a bioquímica pode ter um papel nas pesquisas relacionadas às desordens de comunicação", disse o Prof. Robb.
Link para o original: Study discredits anxiety as cause of childhood stuttering Data: 13 de fevereiro de 2008 Tradução: Hugo Silva. Revisão: Sandra Merlo.
Fonte: Instituto Brasileiro de Fluência - IBF
www.gagueira.org.br
sábado, 11 de outubro de 2008
Mães descobrem tardiamente os problemas auditivos de seus filhos
- Tarde demais.
Era assim que muitas mães descobriam que seus filhos tinham problemas auditivos. Mas essa realidade agora pode ser diferente. Desde janeiro de 2007 é Lei que todos os hospitais e maternidades do Estado de São Paulo realizem o chamado “teste da orelhinha”, exame que pode ser feito por fonoaudiólogos e tem por objetivo detectar problemas de audição o quanto antes.
A importância do teste é inegável: de acordo com o último censo realizado pelo IBGE, 5,7 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva. E os números para os pequenos também são preocupantes. Três em cada mil crianças brasileiras apresentam perda de audição no nascimento.
A Lei Estadual assegura como direito o que muitos pais e mães não faziam nem idéia: é possível verificar se o recém-nascido tem a audição perfeita. A Lei ainda precisa ser regulamentada pelo Poder Executivo, mas, independentemente disso, ela já está em vigência e com força de Lei.
A Lei ainda é recente e pouco difundida. Mesmo assim, ela fará toda a diferença, já que a perda auditiva é um dos graves problemas que podem ser detectados ainda dentro da maternidade.
Simples e indolor, o teste da orelhinha deve ser feito enquanto o bebê dorme, para que o choro não interfira na análise. Um pequeno fone é inserido no ouvido da criança e emite sons de fraca intensidade, que permitem observar se a cóclea (estrutura do ouvido que identifica o som) registra o som.
É fundamental que o teste seja realizado logo na maternidade, já que existe o risco da criança chegar à idade escolar sem que a surdez tenha sido diagnosticada. Muitas vezes os pais acabam por não perceber alguns sintomas, principalmente em recém-nascidos, em que a falta de reações a alguns barulhos não é percebida.
Quanto antes algum problema for detectado, melhor será o desenvolvimento da linguagem e a integração social. A perda auditiva pode ocasionar problemas emocionais, de aprendizagem, além de distúrbios escolares, falta de atenção e concentração, inquietação e dificuldades de socialização.
A realização do teste deve ser acompanhada pelo diagnóstico, seleção de prótese auditiva e tratamento fonoaudiológico de qualidade.
A Lei nº 12.522, de 02 de janeiro de 2007, é de autoria do deputado Jonas Donizette.
Fonte: Puente – Agência de Comunicação
Conselho Regional de Fonoaudiologia - Segunda Região
RESPONDA ESTE TESTE
LEIA E RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO (SIM OU NÃO) PARA SABER SE VOCÊ E/OU SEU FILHO (A) É UM POSSÍVEL RESPIRADOR BUCAL:
- Foi amamentado no seio por período muito curto?
- Usou chupeta e/ou mamadeira acima de 24 meses?
- Mastiga de boca aberta?
- Ronca?
- Baba quando dorme?
- Tem/teve dificuldade de pronunciar sons ou palavras após os 4 anos?
- Sua voz é rouca?
- Tem crises freqüentes de garganta, ouvido ou nariz?
- Tem os dentes mal posicionados?
- Tem o palato (“céu da boca”) muito estreito ou profundo?
- Está fora do peso? Tem queixo para trás, tem “papada”?
- Tem tórax estreito ou “peito de pombo”?
- Tem olheiras?
- Tem problemas de coluna?
- É muito agitado, desatento ou irritado?
- Tem fôlego curto?
- É sonolento?
Se você respondeu SIM a mais de 5 perguntas, procure um atendimento especializado com um profissional dedicado à respiração bucal.
São eles: Fonoaudiólogo, Cirurgião Dentista (Odontopediatra, Ortopedista Funcional dos Maxilares,Ortodontista),Médico(Pediatra,Alergologista,Pneumologista,Otorrinolaringologista, Neuropediatra), Fisioterapeuta, Nutricionistae Psicólogo.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Sono e Qualidade de Vida sob o Aspecto Fonoaudiológico
- Falta de ar ou insuficiência respiratória
- Cansaço rápido nas atividades físicas
- Dor nas costas ou musculatura do pescoço
- Diminuição do olfato e/ou paladar
- Halitose
- Boca seca
- Acordar muito durante a noite engasgado
- Dormir mal
- Sono durante o dia
- Olheiras
- Espirrar saliva ao falar
- Dificuldades em realizar exercícios físicos
- Alterações Crânio-Faciais e Dentárias
- Alterações dos Órgãos FonoarticulatóriosAlterações Corporais
- Alterações das Funções Orais
- Sinusites freqüentes, otites de repetição
- Aumento das amigdalas faríngea e palatinas
- Halitose e diminuição da percepação do paladar e olfato
- Maior incidência de cáries
- Alteração do sono, ronco, apnéia, baba noturna, insônia, expressão facial vaga;
- Redução do apetite, alterações gástricas, sede constante, engasgos, palidez, inapetência, perda de peso com menor desenvolvimento físico ou obesidade;
- Menor rendimento físico, incoordenação global com cansaço freqüente;
- Agitação, ansiedade, impaciência, impulsividade e desânimo
- Dificuldades de atenção e concentração, gerando dificuldades escolares.
- Conscientização do problema
- Mostrar a forma e função existentes
- Adequar a função respiratória próxima da normalidade
- Melhorar a postura corporal
- Trabalhar tônus e postura de lábios e língua
- Adequar mastigação, deglutição e fala quando necessário.
Daniella Caropreso – CRFa 8977/SP
Comunicação - Vendas
O objeto da fonoaudiologia como ciência, é a comunicação; fator fundamental para o reconhecimento do homem e suas condições de vida social e profissional.
Conforme diz a definição no dicionário Aurélio, comunicar é tornar comum; fazer saber; pôr em contato ou relação; ligar, unir; dar passagem; estabelecer comunicação, conversação, convívio; transmitir-se, propagar-se; travar ou manter entendimento; entender-se.
A capacidade de comunicar-se preexiste nas mais diversas situações, sejam formais ou informais: palestras, vendas, entrevistas, reuniões, aulas, negociações, telemarketing, contatos sociais, treinamentos, discursos, júri, atendimentos clínicos, terapêuticos e em todos os momentos da vida em que o processo comunicativo eficiente é fundamental.
Inseridos num mundo profissional cada vez mais competitivo, a necessidade da comunicação eficaz é imprescindível. O aprimoramento do processo comunicativo é recomendado a todos que se interessam pelo desenvolvimento de sua comunicação pessoal e profissional, facilitando assim a formação do seu marketing pessoal.
Se voltarmos esse processo comunicativo ao ambiente de vendas, a necessidade da comunicação na relação “vendedor” como falante e do “cliente” como ouvinte ativo, vemos que o processo de pensamento e de cada ação da palavra que se dá nesse momento é o que direciona para o bom desenvolvimento da venda.
O pensamento em forma de palavras bem colocadas, no momento certo, com o argumento embasado no conhecimento do produto falado pelos dois interlocutores dá-se o magnífico cenário do sucesso da venda.
A venda em si passa a ser o espaço de comunicação, um mundo de idéias vinculadas, transmitidas e ouvidas.
Seguindo essa linha de raciocínio o profissional de vendas não dependerá exclusivamente de seus conhecimentos e aperfeiçoamentos técnicos, mas sim do processo de transmissão desses conhecimentos e da certeza do entendimento do ouvinte. Essa certeza dar-se á no momento em que o vendedor souber ter o “feeling” de perceber o que seu cliente quer e aproveitar todas as deixas que esse cliente passa através de sua postura corporal e de sua fala.
O vendedor dará sua cartada final ao dizer ao seu cliente o que ele quer ouvir como solução dos seus problemas. Agora, o vendedor conseguiu o queria: passar a credibilidade de sua pessoa ao seu cliente e realizar a venda.
A comunicação entre as pessoas sofrem também outros tipos de obstáculos como por exemplo:
Idéias preconcebidas
Recusa de informação contrária
Significados personalizados: gírias/jargões
Motivação e interesse
Credibilidade da fonte
Habilidade de comunicação
Clima organizacional
Falta de conhecimento
Erros de gramática e concordância verbal
Imaginem a dificuldade que enfrentamos quando dizemos alguma coisa!
Vou dar um exemplo de uma venda mal feita:
- Bom dia jovem, o SR. já conhece a nossa nova linha de produtos?
- (Claro que não), pensa o cliente
- Bom, se trata do mais novo lançamento, né!!! Então, posso te mostrar?
Esse é um tipo de abordagem errônea, onde o vendedor usa vícios de linguagem (Bom, jovem, né); palavras erradas do tipo, jovem e Sr., não condizem; novo lançamento (não há necessidade de usar palavras sinônimas), passa-se uma impressão ao cliente de ele está sendo abordado por mais um vendedor, com uma linguagem pronta.
Sugestão:
-Bom dia, tudo bem?
-Poderia apresentar-lhe a minha empresa?
-Sim
- A empresa atua no segmento de X a X anos no mercado....
(Passar credibilidade da empresa)
Entendendo esse mecanismo em nossa venda, podemos prever que uma boa comunicação transforma-se em confiança para o cliente, compromisso com seu produto, dedicação, futuros encaminhamentos, networking e tranqüilidade frente à nova negociação.
Como fonoaudióloga pude vivenciar no meu fazer clínico, as dificuldades da comunicação não eficaz, pois meu paciente nada mais é que meu cliente e que meu tratamento nada mais é que meu produto. Há na clínica também um cenário de venda.
A toda hora estamos “vendendo” uma idéia, um comportamento, um produto, uma promoção tão desejada.
A fonoaudiologia dá o respaldo e o apoio técnico para todas as pessoas que lidam com o público (seja ele qual for) auxiliando a perceber seu potencial e direcioná-lo da melhor forma possível para o real ato comunicador.
A verdadeira comunicação é gratificante tanto para quem fala quanto para quem ouve, pois com isso traz o tão almejado sucesso profissional e pessoal.
Fga. Daniella Caropreso
CRFa 8977/SP
08/2006
Respiração Bucal
Dra. Lucia Coutinho Porto - Odontopediatra e Daniella Caropreso - Fonoaudióloga